Jornalista Armando Nenane apoia as FDS na luta contra o terrorismo

O jornalista e activista Armando Nenane acaba de efectuar um depósito de 50 meticais numa suposta conta bancaria do Ministério da Defesa Nacional para apoiar as Forças de Defesa e Segurança na luta contra os terroristas que actuam em Cabo Delgado desde Outubro de 2017 e que já causou mais de 1000 mortes, cerca de 211.000 refugiados e destruição de várias infra-estruturas.
A acção de Nenane, que também é director executivo da Associação Moçambicana de Jornalismo Judiciário (AMJJ), está repleta de índices elevados de cidadania. Ao Moz24, Nenane disse que '"todos devemos ajudar ao nosso exército contribuindo como podemos".
A contribuição de Nenane deita abaixo a bizarra accao judicial movida pelo Ministério Público, que acaba de processar os jornalistas do Canal de Moçambique, Fernando Veloso e Matias Guente, alegadamente por haverem publicado contratos com a conta bancária que alguém quer manter secreta.
Nenane disse ao moz24 que não há "nenhum segredo. Eu vi o número de conta no semanário Canal de Moçambique e depois fui ao BCI efectuar a minha contribuição".
O Ministério Público (MP) constituiu arguidos os jornalistas Fernando Veloso e Matias Guente, acusados de violação de segredo de Estado por publicarem um alegado acordo confidencial sobre a segurança nas obras de construção dos projectos de gás em Cabo Delgado.
Trata-se do processo número 85/11/P/2020, que se encontra em fase de instrução preparatória na 7.ª secção da Procuradoria da Cidade de Maputo.
As motivações do MP estão relacionadas com a publicação, a 11 de Março, do acordo assinado entre os consórcios que vão explorar gás natural na bacia do Rovuma e o Governo moçambicano sobre a segurança.
A referida conta bancaria supostamente pertencente ao Ministério da Defesa Nacional - Direccao Nacional da Logistica e Financas esta a disposição do público em geral. No talão de depósito aparece o nome de Atanásio Salvador M'tumuke, antigo ministro da defesa nacional.
Esta é a grande questão. Trata-se de uma 'bolada' onde não se percebe bem se a conta é do ministério ou então é de alguns dirigentes que se escudam no segredo de Estado para desviar o dinheiro que devia ir aos militares.