CJI capacita jornalistas em Nampula

Nampula (IKWELI) – O Centro de Jornalismo Investigativo (CJI) promoveu, durante a semana passada, na cidade de Nampula, um treinamento a jornalistas da mais populosa província do país em matéria de investigação e tratamento de dados.
De acordo com Luís Nhachote, coordenador executivo do CJI, um treinamento do género já teve lugar na província de Cano Delgado, em Janeiro do corrente ano de 2020, e iniciativa que decorre com apoio do Alto Comissariado do Canada em Moçambique tem como finalidade dotar jornalistas locais de ferramentas que os possibilitem a trabalhar e aprofundar as matérias que chegam, diariamente, as redações.
“Estamos aqui em Nampula para oferecer a segunda formação em matéria de jornalismo investigativo, porque a primeira foi em Janeiro, em Cabo Delgado, e esperamos que os jornalistas locais tenham domínio sobre as técnicas, de modo que possam fazer um trabalho aqui, a nível da província de Nampula, e que sejam trabalhos de interesse público que alguém esteja a ocultar, que cheguem a partir de responsabilização e consequências que podem agir com base nas histórias que os jornalistas vão publicando”, referiu
Nhachote.
Segundo a fonte, a ideia é providenciar treinamentos iguais a jornalistas de todas as províncias do país, e contribuir assim na expansão do jornalismo investigativo, bem como na
construção de um estado de direito democrático.
Por outro lado, o coordenador executivo do CJI mostrou preocupação face as agressões que tem tido como vítimas jornalistas no exercício das suas funções, actos que tem decor-
rido com alguma frequência no país, afectando escribas do sector privado, sobretudo.
Enquanto isso, os jornalistas beneficiários entendem que a mesma vai ter um impacto positivo nas suas actividades diárias, tal como reconheceu Anastácio Matias, afirmando
que “foi produtivo fazer parte desta formação, porque aprendemos muita coisa sobre como buscar informação de uma forma oculta para trazer a sociedade, tendo em conta que estamos a passar um momento em que muitas informações têm sido ocultadas”. (Elisabeth José, jornal Ikweli)