Caso VUMA: "Reiteramos o nosso repúdio pessoal e colectivo deste crime bárbaro" - Álvaro Massinga

Por Álvaro Massinga*
Como foi aqui dito pelo nosso Presidente da Mesa da Assembleia Geral, na tarde do último sábado, dia 11 de Julho, fomos colhidos de surpresa com a notícia dando conta que o Exmo Engenheiro Agostinho Vuma, Presidente da CTA, tinha sido vítima de uma tentativa de homicídio, à saída do seu escritório.
Sobre este crime, as autoridades já estão a investigar os seus contornos e aguardamos
ansiosamente pelos resultados do trabalho em curso.
Em relação ao estado clínico, neste momento, encontra-se ainda sob cuidados médicos e o seu estado de saúde é estável.
Permitam-me enaltecer e saudar a rápida assistência que teve no local do crime e os cuidados da equipa médica que tudo tem feito para restaurar a vida do nosso
Presidente.
Apesar do choque, angústia e o desespero na instituição, queremos assegurar que a
CTA, enquanto entidade que representa os interesses do sector privado em Moçambique no processo de diálogo com o Governo, continuará com a mesma determinação no cumprimento da sua missão.
O Presidente Agostinho Vuma sempre orientou esta nossa organização com
sentido claro de missão, um espírito que deve ser seguido.
Neste contexto, e olhando para a visão que orienta este mandato, particularmente para
a nossa acção que é guiada pelo Plano Estratégico 2017-2020 e um programa
especifico de emergência desenhado no âmbito da COVID-19, queremos
publicamente assumir o compromisso e cometimento de prosseguirmos com todas
as acções que o Presidente Vuma orientou a sua planificação.
Como o meu colega e Presidente da Mesa se referiu, o Conselho Directivo da CTA,
corroborado pelos órgãos Sociais, deliberou que durante o período de impedimento do
Presidente Vuma, eu e os meus colegas do Conselho Directivo iremos assegurar o
curso normal das actividades, numa altura que é imperioso continuarmos com as
acções visando a melhoria do ambiente de negócio e mitigar os efeitos nefastos no
tecido empresarial decorrente da pandemia da COVID-19.
Neste processo, apelo à conjugação de todos esforços dos órgãos sociais, dos
membros, dos colaboradores e todos parceiros para levarmos a bom porto a
nossa nobre missão.
Portanto, neste tempo difícil, a dor que o atentado ao nosso Presidente nos causa
deve ser transformada em forças para a nossa união e profunda coesão em torno da
missão da CTA.
Sim, devemos fazê-lo em respeito a um comando que estamos seguindo desde
2017 e que nos tem tornado uma equipa responsável, vitoriosa e transformadora da
vida da CTA.
Devemos e assim o faremos em honra a uma liderança que nos tem cativado e que
estamos certos voltará a nos conduzir nos desafios de médio e longo prazo, com a
recuperação que esperamos rápida do nosso Presidente.
Em meu nome pessoal, e no nome dos meus colegas do Conselho Directivo, quero
assumir publicamente o compromisso de continuarmos a conduzir os destinos da
CTA, não deixando nada por fazer e aprimorando toda a boa acção que fomos
implementando desde que este colégio mereceu a confiança dos membros da CTA.
Quero usar desta oportunidade para agradecer toda solidariedade que tem vindo
a ser manifestada a diferentes níveis e estratos da sociedade à nossa Confederação, à família Vuma e ao Presidente Vuma, em particular.
Reiteramos o apelo à calma e serenidade, enquanto acompanhamos a recuperação do
Presidente Agostinho Vuma, devendo evitar todas as especulações e fake news que
tendem a deturpar a verdade dos factos.
Continuemos, pacientemente, aguardando pelos progressos que as equipas médicas
vão operando e pelos resultados das investigações em curso.
A CTA constituiu uma equipa que irá acompanhar a par-e-passo o curso de todos
os acontecimentos e os desenvolvimentos do quadro clínico do Presidente Vuma e
emitirá comunicados sempre que se mostrar necessário, os quais deverão ser
considerados a única fonte fiável de informação.
A todos os associados da CTA apelamos a um maior cometimento em todas as acções
da vida da nossa Confederação.
Reiteramos o nosso repúdio pessoal e colectivo deste crime bárbaro e
emprestaremos toda a colaboração que estiver ao nosso alcance para a rápida
recuperação do Presidente Agostinho Vuma e o rápido esclarecimento deste caso.
Queremos, por fim, recordar que este crime bárbaro acontece num tempo em que se
multiplicam casos de raptos e sequestros de agentes económicos do nosso país, o que
nos faz pensar que o mundo do crime organizado tem direcionado as suas acçoes
bárbaras contra a classe empresarial, o que cria medo e terror no nosso seio e
desencoraja todas as acções e investimentos em prol do desenvolvimento
da nossa economia.
Convidamos a toda a sociedade para um repúdio profundo a este clima de terror que
é implantado na nossa sociedade por indivíduos despidos de escrúpulos e do mais
simples sentido de sociedade. Pela melhoria do ambiente de negócios! (Moz24h)